quinta-feira, 23 de junho de 2011

Nameless

Entrei e validei o bilhete
Para um caminho desconhecido
Numa qualquer rota para um ignoto destino.
Parei e depositei meus sonhos num banco gris,
onde esperei.

Chegou a sonora locomotiva
Sem destino rotulado; temia-a,
Respeitei a sua sonora paragem.
Inspirei e tomei os sonhos do banco ao lado.

Das suas composições saíram
Lívidas e desconhecidas almas.
Deparei com caras que temi, mas ainda assim arrisquei.
Dei entrada rumo ao ignoto destino.

A locomotiva vociferou, arrancando com toda a potência.
Olhei à janela e todas as almas me observavam.
Agora seus semblantes eram reconhecíveis.
Depressa pensei em sair...

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