terça-feira, 30 de julho de 2013

Escrito

Hoje escrevi
Escrevi o que senti
Senti sem ti
Sem ti a meu lado
A meu lado uma almofada
Almofada vazia
Vazia como a companhia
A companhia que me faltava
Faltava a tua presença
Presença ausente
Ausente o beijo
Beijo sem lábios
Lábios distantes
Distantes os desejos
Desejos inebriantes
Inebriantes as ausências
Ausências marcantes
Marcantes as tuas mãos
Mãos que não sinto
Sinto o apertar do coração
Coração a afogar de solidão
Solidão asfixiantes
Asfixiante ausência do toque
Toque do teu cabelo
Cabelo de faulha ardente
Ardente como tuas entranhas
Entranhas sedentas
Sedentas de mim
Como o meu corpo de ti.
Hoje escrevi 
O que senti
No momento 
Que te vi.

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Chilreio

Maio, 18, 2013
Ouve-se um esparso cantar de um pássaro,
rasgando a densa selva de betão.
Fura a concreta cela da cidade
Chilreia por entre a dureza da vaidade.

Leve chilreio nocturno iluminado
Alumia a cidade da repulsa
Sua melodia expulsa
A Imensidão escura.

Beija os ouvidos
Toca os sentidos
Acaricia as exaustas peles.

Soa a melodia por entre a polifonia
dos roncos urbanos, dos urros perdidos.
Seres passam e fecham as janelas do imaginário.
O chilreio acaricia a pele da noite de Lisboa.

Queria viver de SONHOS


Vida de Sonhos
Vida de Encantos,
Vida de sonos.

Vida de Magia,
Vida da Alegria
Vida da Sinfonia.
Somente Vida.

Viver de Harmonia,
Viver de Esperança,
Viver de Éter e de Almíscar,
Viver num sonho
Onde os sonhos são um pulsar
De crença na Temperança
Em que o sono e o sonho sejam unos.
Vida de ilusão alegre,
Pintada por um sono que chegue alcandorado a um sonho que não espere.

MEIO

É um ESTEIo.
uM SOLfejo.
Um CamINHO.
um LUGAR.
ENTRE O PRIncipio e o FIM.
DE PERMEIO surge,
DE permeio se OFUSCA.
NÃO É um Início, MENOS é QUE um FIM.
meio - ESTADO interMÉDIO
oNDE ao segundo se busca por REMÉdio
o MEIO É um FreiO entre a LIBERDADE E O RECEIO!

domingo, 7 de julho de 2013

Aperto

O coração aperta-me
A solitude espreita-me
Anda de soslaio fitando
O desencantamento que em mim plantou.

Além Tejo

A cidade tira o que o campo nos dá.
O campo entrega o que a selva de betão sonega.
O contentamento da planície esvai-se na montanha do cimento.
Tejo não me chegas para abraçar o inquieto desejo,
De me perder e encontrar no seio de uma planície.