segunda-feira, 22 de julho de 2013

Chilreio

Maio, 18, 2013
Ouve-se um esparso cantar de um pássaro,
rasgando a densa selva de betão.
Fura a concreta cela da cidade
Chilreia por entre a dureza da vaidade.

Leve chilreio nocturno iluminado
Alumia a cidade da repulsa
Sua melodia expulsa
A Imensidão escura.

Beija os ouvidos
Toca os sentidos
Acaricia as exaustas peles.

Soa a melodia por entre a polifonia
dos roncos urbanos, dos urros perdidos.
Seres passam e fecham as janelas do imaginário.
O chilreio acaricia a pele da noite de Lisboa.

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